segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Festas, presentes, viagens... o fim de ano costuma trazer um dilema: gastar ou guardar o13º salário? Especialistas em finanças afirmam que, por envolver dinheiro, a questão demanda reflexão e algum planejamento.

Gustavo Cerbasi é um destes experts que acredita que o importante é ter em mente quais são as prioridades antes de decidir o que fazer com o salário extra e antes de comprar presentes repensar eventuais dívidas acumuladas ao longo do ano.

“Depois de pagar as dívidas, coloque na ponta do lápis seus grandes gastos de janeiro e fevereiro. Tipicamente, são IPVA, IPTU, anuidades de associações profissionais e matrícula, material e uniforme escolar das crianças”, lista o especialista.

Cerbasi analisa que talvez seja interessante aplicar o 13º e quitar os impostos à vista no começo do ano.“Motivo para isso não falta, pois 2014 será um ano muito mais interessante se começar com um orçamento mensal mais leve”, diz.

Melhor planejamento
O planejamento financeiro e familiar deve acontecer antes das ocasiões festivas, segundo o consultor Adenias Gonçalves Filho, sócio-diretor da DSOP Educação Financeira Rio de Janeiro, Para ele, a prioridade é estabelecer propósitos na vida – sonhos de curto, médio e longo prazo – para que se crie a consciência de poupar para atingir objetivos.

“O 13º podem servir como um prêmio para que os propósitos aconteçam com mais velocidade. Algumas pessoas antecipam o consumo e se endividam, gerando desequilíbrio. O 13º passaria, assim, a ser uma referência importante, na medida em que as pessoas adiantem o planejamento e usem parte do dinheiro para quitar dívidas, que são caras. Quitando essa dívida, poderão calcular um valor para presentear os familiares”, diz. Na opinião do consultor é mais interessante usar o maior percentual possível do 13º para a quitação das dívidas. “Alocar valor para pagar as contas e, assim, trabalhar com prazer e não para pagá-las, é uma atitude de inteligência financeira”, explica Adenias.

Uma vez tomada as decisões, e garantindo uma reserva para os gastos do início de ano, os especialistas acreditam que é mais fácil colocar em prática objetivos como tirar férias, começar a investir ou dar o primeiro passo para a previdência privada.

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